A idéia inicial era escrever sobre o UFC 172 Jones x Teixeira e suas implicações futuras na divisão dos meio-pesados, mas depois do evento desse fim de semana, entre Travis Browne e Fabricio Werdum, é fácil de traçar um paralelo entre os dois e suas respectivas divisões e as expectativas do UFC em respeito ao resultado dessas lutas.
Dana White já havia prometido antes mesmo da última luta de Alexander Gustafsson, que se ele for o vencedor, ele terá a chance de revanche contra Jon Jones. A princípio essa afirmação nem parece tão crítica para Manuwa, que era o próximo oponente de Gustafsson na época, mas chega a ser humilhante para Glover Teixeira. A afirmação não foi que Gustafsson seria o próximo desafiante ao cinturão, mas sim, a lutar contra Jones, ou seja, pressupondo que Teixeira irá perder a luta e o UFC poderá reeditar a luta que foi eleita a melhor do ano de 2013.
Além disso, Daniel Cormier e Dan Henderson, já foram avisados que a luta entre eles, que ainda precisa ser anunciada oficialmente, valerá para definir mais um na fila a desafiar o título dos meio-pesados. Por um lado é bom ter uma idéia dos desafiantes, para não parecer sem mérito, mas e o que acontecerá com todos os planos do UFC, se Glover Teixeira vencer a luta? É impossível imaginar que Jon Jones, o maior campeão da categoria desde Chuck Liddell não terá direito a uma revanche imediata, mesma chance que foi dada a Anderson Silva. Sendo assim, é claro que para o UFC, será melhor negócio se Jon Jones provar as casas de apostas e vencer a luta.
Situação parecida aconteceu nesse fim de semana, já que a luta entre Travis Browne e Fabricio Werdum já havia sido anunciada como eliminatória para decidir quem será o próximo desafiante ao cinturão dos pesos pesados contra Cain Velazques, assim que ele voltar de sua contusão.
Além disso, a luta já havia sido anunciada para ser o evento principal da primeira viagem do UFC ao México e ja esta sendo feita a seletiva para lutadores aspirantes a participarem do The Ultimate Fighter America Latina.
Cain Velazques é descendente de mexicanos e por isso a intenção é que ele lute no México, mas Fabricio Werdum, mesmo que brasileiro de Porto Alegre e de descendência espanhola, faz parte da equipe de transmissão do UFC na America Latina, sendo fluente em espanhol, por isso é reconhecido do publico latino.
Werdum ganhou a luta com certa facilidade, principalmente por sua dominância na luta em pé, onde imaginava que Browne levaria vantagem, e tenho certeza que isso deixou Dana White e o UFC muito satisfeitos.
Velazques x Werdum será ideal para serem os técnicos do TUF America Latina e para fazer a luta principal do Card no México.
Será que essa preocupação com os negócios do UFC serão preocupantes para nós fãs das lutas, ou isso não altera a preparação dos lutadores, e o resultado da luta não é influenciado?
Sinceramente, prefiro acreditar que se isso altera a preparação do lutador somente para motiva-lo ainda mais, como no caso de Teixeira, para ter certeza de se colocar numa posição para estragar os planos do UFC.
Curta – Ananias