Ele tem cara de chorão, é supersticioso e anda cheio de santinhas no bolso. Este é o “azarado” Cuca. O treinador “problemático” que nunca ganha nada, sempre fica no quase. Pé frio de primeira.
Só que a América se rendeu a seu azar.
Mas não seria fácil.
De tão azarado, pegou o grupo da morte na Libertadores.
De tão azarado, comandou o melhor time na fase de grupos, jogando o fino da bola.
De tão azarado, nas oitavas tomou um susto de 30 minutos que se transformaram num chocolate nos outros 150 minutos.
De tão azarado, quando saía do Horto estava morto e, quando voltava, o adversário caía morto.
De tão azarado, teve que disputar “três finais” em uma Libertadores.
De tão azarado, empatou um jogo no México aos 45 do segundo tempo.
De tão azarado, teve pênalti contra aos 45 do segundo tempo, defendido pelo seu santo goleiro.
De tão azarado, sofreu tanto na Argentina que parecia impossível reverter.
De tão azarado, colocou o renegado Guilherme que brilhou e fez o gol de empate, para ir à disputa de pênaltis e ganhar mais uma decisão.
De tão azarado, sofreu o segundo gol aos 48 do segundo tempo no Paraguai. Estava tudo perdido.
De tão azarado, teve que sair do Horto e ir para o Mineirão.
De tão azarado, as estatísticas estavam contra ele, onde somente uma vez um time reverteu um placar de 2 x 0 na final.
De tão azarado, seu time conseguiu igualar o placar agregado aos 41 do segundo tempo.
De tão azarado, viu mais uma vez o santo goleiro adiantar igual Rogério Ceni para defender mais um pênalti.
De tão azarado, viu os seus batedores converterem todas as cobranças.
E de tão azarado, não precisou de Ronaldinho Gaúcho para decidir a Libertadores.
E aí, você ainda acha que Cuca é azarado??
Como o próprio disse: “Não tem mais azar, porra nenhuma”
Parabéns Cuca, a América é sua.
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